Desabafos nocturnos

Lisboa deixa-me tão triste. De tanta vida haver nesta cidade, não existe vida alguma. Ninguém se conhece. Ninguém pára. Ninguém repara. Sou eu, parada na rua, de máquina em punho, a olhar os pormenores desta cidade triste que de tanto ter, tanto se perde. Estou triste. Uma tristeza que me faz querer voltar, perdoar, esquecer. … Continuar a ler Desabafos nocturnos

*

e tu sussurras: - não, não afastes a boca da minha orelha. derrama dentro dela aquilo que não consegues dizer em voz alta. e eu digo: - as tuas mãos queimam-me a fala. tu sorris, dizes: - vem , sem medo, pela aridez do meu corpo. no fundo de mim existe um poço onde guardo … Continuar a ler *